Na última quarta-feira tive oportunidade de assistir uma excelente palestra, ministrada pelo CEO da Petroquímica Triunfo, sobre o papel da Tecnologia da Informação nas empresas.
Ao final, quando foi iniciado o diálogo com o palestrante, um dos presentes revelou o ponto de vista que, provavelmente, não era só dele, ao perguntar a Cezar Mansoldo se existia vida além do sistema SAP.
Depois de explicar que usava o nome do sistema integado da SAP porque esta era a solução que ele encontrara na Triunfo, mas que o espírito da coisa era que o ERP era a camada báscia que permitia a ele, como CEO e a empresa, operarem tratando as exceções, Mansoldo reforçou sua opinião de que isto era o básico para poder direcionar a empresa estrategicamente.
No mesmo local ( o auditório da AMCHAM-RS), algumas semanas atrás, um executivo da Rossi Residencial, descrevendo os avanços que sua empresa estava obtendo no mercado em função da evolução da oferta de financiamento imobiliário pelos bancos, com taxas mais baixas e prazos maiores, fizera comentário semelhante, dizendo que a Rossi só conseguira ampliar a quantidade de empreendimentos porque antes (em 2001) investira em uma infra-estrutra de gestão: o sistema da SAP.
No entanto, apesar de inúmeros exemplos como esses, empresários e técnicos ainda discutem, ou melhor, tentam negar a necessidade da utilização de sistemas de gestão nas empresas.
Em 2003, Nicholas Carr publicou na Harvard Business Review um artigo (IT doesn't matter - http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/B00009MBYN/amazingbooks0b0), onde ajudava a estabelecer a polêmica no extremo oposto: TI não era mais elemento de diferenciação, mas parte do Custo para Fazer Negócios (Cost of Doing Business no original). O Superintendente da Petroquímica Triunfo disse quase a mesma coisa, citando como exemplos do que todos os seus concorrentes já tinham a certificação ISO, o ERP e o controle automatizado do chão de fábrica (via SDCD - Sistema Digital de Controle Distribuído).
Mas em agosto de 2007, pelo menos em Porto Alegre, isto ainda soava exótico e aparentemente questionável para alguns.
Enquanto para muitos estas já sào páginas viradas, etapas já endereçadas do "basicão". para muitas de nossas empresas ainda cabe discutir se e quando, ou cabe adiar a adoção destas medidas.
Como somos atrasados!
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